Sororidade!
Eita palavrinha que tá na moda! Mas vamos sair do modismo e entender a profundidade desta palavra. Sororidade vem de sóror, que significa irmãs, Sororidade nada mais é do que nossa capacidade em olharmos para outras mulheres com sentimento de ajuda, de compreensão e sem julgamento.
“A Sororidade surge para desmistificar a famosa rivalidade feminina, ou mesmo entendermos que sozinhas é muito mais difícil chegar ao topo do que quando estamos juntas. É uma rede de respeito feminino e de colaboração proativa”.
Respeito feminino refere-se a nossa capacidade de olhar para outras mulheres, compreendendo suas histórias e suas escolhas, sem julgamento, e está bem aí uma das partes mais difíceis de conseguirmos a Sororidade genuína, pois o julgamento mora no nosso inconsciente. Ele mora naquilo que aprendemos sem nos questionarmos se valeria ou não a pena acreditar naquilo que nos ensinaram, o julgamento destrói nossas oportunidades de excelentes conexões com pessoas excepcionais, pois quando julgamos tendemos a nos afastar das pessoas...
Já a colaboração proativa refere-se a nossa capacidade de observarmos outras mulheres e então oferecermos ajuda sem mesmo que elas nos peçam, quanto mais ajudamos de forma proativa, geramos cada vez mais gratidão, e a gratidão tem um poder absoluto na Sororidade, pois quando somos gratas a outra mulher, a gente passa a querer ajudá-la também, retribuir aquilo que foi feito por nós e então crescemos no coletivo, nota?
A partir do respeito feminino e da colaboração proativa, formamos uma força de união do feminino. Esta força de união não deve ser uma luta contra o sexo oposto, muito pelo contrário, deve servir de exemplo para uma sociedade mais justa e mais interdependente.
Quando falo de Sororidade em ambiente organizacional, costumo fazer um convite para humanidade, que nada mais é do que vivermos de forma interdependente, ajudando, colaborando umas com as outras. O nosso mundo precisa entender que a competição já morreu, o que vale é a cooperação!
Então a palavra Sororidade é só uma palavra que em sua forma masculina é fraternidade, quer coisa mais linda do que viver em um ambiente cheio de soror e fráter? Isso não está nas mãos do governo, nem na responsabilidade das empresas em que trabalhamos, mas na responsabilidade de cada uma de nós, em estarmos conscientes de nossas atitudes e então agirmos de forma mais humana em nossas relações. Este é um convite para sermos aquilo que queremos viver. Tão simples quanto isso.
Artigo escrito por Livia Mandelli